EU GRIDO, TU GRIDAS, ELE GRIDA...
Gostei dessa!!!
...Nem tudo está perdido!...Em pleno século 21, quando discutimos coisas como ambição em relação a cuidados com o planeta...Existência significativa em relação a posses e poder, alguns brasileiros e portugueses, não nesse blog, claro, ainda insistem numa discussão rasinha...bobinha...de quemm é mais isso ou aquilo!!!
Vou sugerir uma linda utilidade para uma competição, coloque seu computador a serviço de pesquisas científicas, ajude essas pesquisas escolhidas por você, acompanhe seus resultados e etc, e dispute quem ajuda mais em relação a seus habitantes...é uma boa idéia, não?
Links de blogs brasileiros o site world community e a página de estatísticas por computadores que colaboram.
Eu grido, divulgação brasieira: http://www.eugrido.com.br/
world community: http://www.worldcommunitygrid.org/
estatíscticas: http://www.worldcommunitygrid.org/stat/viewGlobal.do
explicações : http://viver-sustentavel.blogspot.com/2009/06/campanha-eu-grido-seu-jeito-de-ajudar.html
divulgação portuguesa: http://www.lip.pt/computing/projects/i2g/
Até que enfim!...A disputa entre brasileiros e portugueses pode fazer algo de útil!
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Postado por Unknown às 01:38 2 comentários
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Português estereotipado em novela?
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Já faz um tempo, me deu vontade de falar de um filme feito aqui no ano 2000. Como ando acumulando promessas e uma delas é falar também, de nossas desgraças, cumpro a promessa...ufa!
mas aaaaaantes, em prol da leveza...
http://brunogarschagen.com/2008/10/07/joao-pereira-coutinho-fala-sobre-brasileiros-e-portugueses/#comment-12724
De qualquer maneira, devo adiantar, como confissão, que:
...gosto muito dessa mania muito recente de brasileiros usarem as cores da bandeira em camisetas..ahahahaah
Tenho umas três delas com as cores da nossa bandeira ou com frases típicas...eheheeh
Já dei de presente a estrangeiros....só pra constar, e, mais ainda, me lembro de comentar anos atrás, com uma amiga, que.... bem, que brasileiros poderiam usar camisetas com as cores da nossa bandeira ao invés de da bandeira dos Estados Unidos, porque era isso que acontecia por aqui, anos atrás.
então estou satisfeitíiiissima...ihihihihhi...
É curioso como, além disso, com a Copa, brasileiros passaram a usar as cores das bandeiras de vários países. E acho que isso não foi só aqui.
Gosto dessa época em que vivo, também, por isso.
Isso depende do olhar, não?...consigo ver muitas coisas positivas acontecendo.
Bem, falei sobre o olhar porque, voltando ao filme, a data do filme diz muito, pelo fato de termos passado aqui também - e mergulhamos profundamente nela - por essa fase mundial de realismo/pessimismo na produção cultural. Influenciado, e muito, pelo que era produzido em outros países como é natural que seja, o Brasil foi bem ao fundo ao refletir o terror, a psicopatia de nossa sociedade, nossas desgraças.
O interessante é também perceber como abordar desgraças sem o recurso do humor e da comédia pode beirar o insuportável.
Então, em nome do humor e da leveza, deixei esse link e, sim, ri muito da perspectiva de portugueses.
Por causa também de Obama, consigo até dizer que parece que, tal fase está ganhando agora cores de esperança e vida.
calma, vou falar sim, do filme....
na próxima...
Postado por Unknown às 06:34 1 comentários
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De volta...
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Sempre me interessou falar de seres humanos, estejam eles onde estiverem, e dessa interação de seres humanos com a tal REALIDADE, que pra alguns pode significar a quantidade de pessoas que simplesmente morrerão de fome hoje, a concessão que talvez precisemos fazer para nos mantermos em certas posições na vida, no trabalho, quando na verdade nossa alma gostaria de outras atitudes... decepções...desilusões... coisas assim, que se forem se tornando todo o nosso molde, vão nos deixando cada vez mais cínicos, com menos alma, espontaneidade, e menos brilho, e etc...etc...
Eu associo a noção de realidade a fatos como os de que o dinheiro manda, de que não conseguimos por mais que todo o mundo pareça disposto a isso, no discurso, ao menos garantir que ninguém nesse mundo precisasse passar fome. Eu associo a noção de realidade ao fato de que todos nós em contato com ela já experimentamos ou experimentaremos a terrível sensação de sermos fracos, covardes, egoístas....
Eu observo as pessoas e vejo essa dança entre ideais e realidade e acho lindo....Aliás acho que é a única coisa que nos salva, quando realmente, não para obtermos uma imagem, não pela interação com o mundo, mas por nós mesmos, pelo nosso respeito próprio conseguimos ter uma atitude ética e decente, a despeito do que a realidade injusta e covarde nos diz.
Então sempre que estou falando de humanidade e pessoas eu estou pensando nesse complexo ESTAR NO MUNDO e EXISTIR; sendo isso pra alguém que já nasça com mil cobranças, com um existir já preparado por outros, ou alguém com mil possibilidades à sua disposição. Pra alguém que nasça com os muitos limites da pobreza ou aquele com mais escolhas...
É isso que está sempre guiando o que penso, quando comento sobre europeus neuróticos com a imigração, ou brasileiros revoltados, africanos e etc....
Talvez por pensar sempre em seres humanos eu consiga ver os muitos defeitos e qualidades neles independentemente de sua conta bancária ou país de origem.
O República falou sobre Portugal, sobre as dificuldades, e imagino que não seja fácil, como não é aqui.
Mas a realidade é sempre uma quadro que pintamos, e como qualquer quadro, sempre fica algo de fora, sendo também uma tentativa de captar um momento que sempre será simplesmente um momento, mesmo que estejamos falando de um momento histórico; é sempre um momento esperando um sem número de ações possíveis sobre ele.
Sobre portugueses maltratados....
Quando eu condeno o discurso de vítima, repetido e reiterado, até que, um ser humano que o traz sempre junto com ele começa a confundi-lo com parte de sua identidade, justificando mil outras atitudes; eu estou me referindo a essa possibilidade tão humana e tão usada em todas as raças cores e credos. Se eu o rejeito entre brasileiros também vou rejeitá-lo entre portugueses que com esse discurso de serem maltrados por estrangeiros, maltratam.
Por aqui só se fala do grande conflito Israel – Palestina , e pensando nesse discurso de vítima , nós podemos olhar esse conflito como algo distante, ou pensar que, como seres humanos estamos sempre sujeitos a desastres parecidos. Esse é um conflito que tem de um lado os judeus, vítimas históricas incontestáveis ...não? Mas o poder que os judeus têm hoje, o medo, o acreditar que têm toda a verdade do seu lado, e pronto; aparecem a partir daí as mil facetas humanas...Entram nessa de achar que acabarão com o ódio à força, porque afinal, estão com a razão. Isso pra nem falar do outro lado.
É muito fácil cometer os mesmos erros assim que começamos a achar que isso seria impossível para nós, porque somos os bonzinhos, e, afinal de contas, as vítimas.
A história da humanidade está repleta disso. Grandes revolucionários se tornando ditadores, grandes sonhos se tornando terríveis injustiças. E a primeira condição para isso, (teoria minha), é simplesmente nos esquecermos do nosso lado terrível. Não, não estou aqui fazendo um discurso religioso, aliás as religiões são um bom exemplo de como essa noção de estar com o bem e a verdade absolutos pode ser um grande desastre.
Eu já fui maltratada por portugueses e tinha a opção de repassar o preconceito e ódio ou fazer um blog como esse. E essa opção não foi para “ser legalzinha”. Foi simplesmente uma opção por mim mesma, pelo melhor de mim. Com esse blog só consegui entender um pouco mais a neurose e me conectar com muitas, muitas, pessoas ótimas. Tudo por uma pequena atitude positiva. Então sempre a recomendo.
Sobre humor.
Diz-se que o grande humorista é aquele que consegue perceber o ridículo da REALIDADE, aquela mesma, sobre a qual falei acima. É claro que nosso humor não comporta falarmos da fome mundial, mas situações mais “leves” como esta outra citada, as humilhações nossas de cada dia, em geral, rendem grandes risadas.
O grande problema é que em relação aos negros não me pareceu ter nada a ver com minha realidade, pareceu mais uma caricatura.
Só pra ilustrar. Minha origem é a classe C, como dizemos aqui. Ninguém da minha família passava fome, mas não muito mais que isso. E dali, de onde eu vim, posso dizer que tive contato com negros ao longo da minha vida mais ou menos educados (em ambos os sentidos, de polidez e acadêmico) que qualquer outro branco com quem eu convivesse, aliás, alguns com condições econômicas melhores que as minhas, na ocasião.
Então pra mim não fez mesmo sentido, e a sensação foi de um estereótipo muito primário, até poderia usar o termo ”antigo”. Eu poderia falar de outros estereótipos que poderiam ser usados aqui, como o sambista, o rapper, mas geralmente não acho muita graça em estereótipos. O vídeo do “politicamente correto”, que substituiu os anteriores, esse sim, achei bem engraçado, e se o conhecesse, é bem capaz que já o tivesse usado por aqui. Então, pra fechar o ponto de vista sobre a sua questão ético-filosófica (usei esse termo só pra lembrar uma discussão do passado...eheheeh) sobre os limites do humor, eu não sei se teria algo mais a dizer... sempre achei que pra mim era uma questão de colocar simplesmente meu ponto de vista como brasileira, não mais que isso. Mas é possivel dizer que a ética pessoal, e não a censura dos outros é o que deve regular a nossa existência, não algo negativo, mas a opção pelo melhor de nós mesmos, e isso cada um de nós sabe o que significa.
Postado por Unknown às 04:16 6 comentários
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Será Portugal um país ingovernável?
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Postado por República dos Bananas às 00:47 10 comentários
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Lirismo Português.
domingo, 30 de novembro de 2008
Uma voz e um piano embalados pelo lirismo português
Ana Luiza canta em primeira mão parcerias de Luis Felipe Gama com Tiago Torres da Silva, do CD que eles lançam em 2009
Lauro Lisboa Garcia
O poeta e escritor português Tiago Torres da Silva aprofunda-se a cada letra que tem escrito para seus parceiros brasileiros, como Olivia Byington e Zeca Baleiro. Seu grande feito é escrever na linguagem da terra das palmeiras. O mais recente projeto é um álbum de sonetos musicados em parceria com a refinada dupla Luis Felipe Gama e Ana Luiza. Parte da produção do trio será antecipada ao público hoje no show que o pianista/compositor e a cantora fazem no Centro Cultural São Paulo. "Vamos apresentar aquilo que formata bem para piano e voz", diz a cantora. "No disco, há faixas com formações instrumentais que variam com quarteto, quinteto." O repertório inclui outras canções de Gama, como Sete de Abril, Testamento (Milton Nascimento/Nelson Ângelo), You Must Believe in Spring (Michel Legrand) e Tristeza (Hnos. Nuñez), do repertório de Mercedes Sosa.
Previsto para sair no início de 2009 (em Portugal antes daqui), o CD conta com participações de Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Alcione, Alaíde Costa, Bibi Ferreira e Dominguinhos, que Tiago há muito admira. Um dos exemplares mais belos, que o público vai ouvir hoje, é Atlântico, cuja letra diz: "Não me falem do português de um lugar / A minha língua fala-se no mar/ E levanta-se em ondas como um cântico/ A minha língua é um barco a vela/ E sou eu que navegando dentro dela/ Escrevendo com sotaque atlântico."
Outro tema relevante é Alma de Isopor, de letra inspirada em Maria Bethânia e melodia celestial de Gama. "Sou muito rápido para musicar letras. Fiz essa melodia pensando na voz de Bethânia. A princípio, pensamos em colocar no disco só se ela cantasse, mas ficou tão bom que vai sair mesmo se ela não participar", diz o compositor. A voz cristalina de Ana Luiza torna a canção ainda mais digna destes e outros superlativos. "É um luxo ter a Ana comigo, que dá uma maquiada legal em qualquer coisa que eu faça", diz Gama. É um harmônico e afinado casamento.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081108/not_imp274376,0.php
Postado por Unknown às 09:03 0 comentários
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Sobre o jogo...
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
A imprensa brasileira ficou babando com o Cristiano Ronaldo antes do jogo...
a mulherada adolescente também...
foi o dia inteiro Cristiano Ronaldo na mídia brasileira.
http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM913182-7824-CRISTIANO+RONALDO+AFIRMA+QUE+FICA+MUITO+FELIZ+COM+O+CARINHO+DA+TORCIDA+BRASILEIRA,00.html
http://www.maisfutebol.iol.pt/noticia.php?id=1014825&div_id=1194#
..e eu há dias que venho provocando portugueses que considero amigos virtuais, no fórum...é lógico que estava pronta pra ter que aturar a tiração de sarro, porque Portugal poderia acabar com a nossa seleção, sem dúvida.
...então, agora muito à vontade, vou ter que aproveitar...ihihihihihihih
Falando sério,Portugal já é sim, uma das grandes seleções, Cristiano Ronaldo o próximo melhor do mundo...
então o Brasil, a imprensa, recebeu Portugal sem nenhuma condescendência, ou querendo ser bonzinhos, mas sim, com uma das melhores seleções.
E está valorizando muito a vitória.
Eu não vou ser "legalzinha"....eu vou tirar um sarrinho....coisinha leve, nada demais...
...ihihihihihihihiihihihi
Seis gols e três logo do Luis Fabiano?????
comuassim?????????
...eheheheheheheh
...essas coisas acontecem no futebol...lembram do ridículo que foi a última copa para nós????????...com os caras agindo como se já tivessem ganhado e depois levando aqueles olés da França????
no mais, um ou outro momento chatinho,que é melhor deixar para lá, mas nada demais...
Postado por Unknown às 18:42 9 comentários
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Brasil X Portugal em Brasília....
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Postado por Unknown às 10:28 1 comentários
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Ouviremos mais "vossos" por aqui...
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Tenho que confessar que minha cota de novelas já se esgotou. Mas se há algum lugar para o português de Portugal ficar em evidência no Brasil é em uma novela. E é isso que acontecerá mais uma vez com a estréia da nova novela das seis, "Negócio da China".
Só tenho a dizer a brasileiras e brasileiros, que antes de pensar se Portugal é ou não lugar para se "ganhar dinheiro", ou para se viver melhor, ou esses idéias clichês típicas, aproveitem e se deliciem com uma outra maneira de ver o mundo, semelhante e diferente da nossa, comparem, divirtam-se, corrijam as estereótipos, riam, porque isso sempre faz muito bem à alma e à cuca. Mas talvez seja exatamente o que vem acontecendo há um tempinho, e eu por não acompanhar novelas e nem a repercussão delas esteja é por fora...como se diz por aqui...
Postado por Unknown às 15:28 0 comentários
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Sobre a Cegueira....
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Seres humanos e Criminalidade.
Esse final de semana assisti a dois filmes, "Ensaio sobre a Cegueira" e o documentário "Onibus 174". E os dois, assim como alguns outros a que já assisti nos últimos tempos tratam de um assunto muito atual, apesar de o objeto de discussão ser tão antigo quanto a raça humana.
O bem e mal em todos nós na situação de seres humanos em condições extremas.
Um, em especial, já foi citado aqui, Dogville, mas prometo trazer outros.
Em Ônibus 174, na trajetória de Sandro percebe-se o pouco que foi lhe dado, e por isso, o pouco que ele poderia dar de volta à sociedade. Era alguém invisível, mais um dos meninos de rua que nos incomoda ver e quando apareceu foi com a arma em punho. É equivalente àqueles filhos de pais apáticos e desinteressados que ao invés de olhar para as boas ações, reagem só e sempre às más ações, voltando imediatamente para si mesmos assim que as más ações são coibidas. É claro que estamos falando desse caso, porque se tratando de criminalidade, não há também o mal produzido pelo mimo, falta de limites? Ou simplesmente a disposição ao mal, que dizem, não sei ao certo, que em alguns poucos é uma disposição genética, sendo mesmo assim, o papel fator ambiental importante? Há esse vídeo no globo.com sobre "cérebro moral'
Sabemos muito sobre o que pode produzir um criminoso, mas continuamos produzindo, e diagnosticando, produzindo e diagnosticando...
Sobre Sandro, o que pode-se saber?
Sandro viveu no extremo, ficou sem ninguém aos seis anos, viciou-se cedo.
Policiais mal preparados ao lidar com o Sandro sequestrador não sabiam também ali o limite entre humanidade, ética e dever, lidavam mais com a exposição na mídia e imagem do que com qualquer outro valor. Mataram-no por frustração. Sandro era um perigo, por estar sob efeito de drogas, descontrolado, ou nunca feriria ninguém? ...é mais fácil opinar agora.
Alguns dias atrás, num caso parecido em Portugal, a polícia, dá um tiro certeiro no sequestrador e encerra a conversa. O curioso, é que um português havia dito aqui no blog, antes disso,que policiais em Portugal não matam bandidos. Bem, nesse caso resolveram matar. A polícia nesse sequestro estava muito preocupada (isso foi no ano 2000) com esse tiro em frente às câmeras. A mídia espetacular do crime estava muito em moda, fazendo grande sucesso, a preocupação não era exatamente com Sandro.
O que quero dizer é que essa discussão de violência não é assim tão fácil ou óbvia. Veja-se, primeiro, em uma situação extrema para saber exatamente quem é você, diz Saramago.
Os personagens do final de "Ensaio" saberiam melhor lidar com Sandro? ...fica a pergunta.
O que une o filme e documentário é essa chamada de atençaõ para uma espécie de cegueira que não queremos assumir.
Ensaio sobre a Cegueira trata da oposição já discutida por Carlos Drummond de Andrade em Congresso Internacional do Medo que apresenta o medo como oposto ao amor em lugar do ódio.
Em uma epidemia de cegueira onde as formas de contágio são desconhecidas, o governo resolve ir isolando os contagiados, que muito rapidamente passam a ser estigmatizados, e aí a barbárie toma conta rapidamente da cena.
O que faria VOCÊ numa situação assim?
Fernado Meirelles faz questão, como é a proposta do livro, de não identificar o país onde a epidemia acontece,e tenta retratar apenas uma metrópole qualquer.
Para isso filmou muitas cenas em São Paulo, mas com táxis, placas e qualquer outro pormenor de identificação em inglês, e a tal cidade ficou com uma cara indefinida, porque o filme não tem a linguagem de filme americano.
Acho que a idéia de Saramago era exatamente essa discussão sobre humanos, e não sobre povos. Parece óbvio, mas não é, para muitos, esses que em qualquer sinal de identidade, já tentam enquadrar a discussão a um determinado tipo de ser humano.
Aliás fico pensando que deve ser muito mais fácil entender "Ônibus 174" e Sandro que entender a discussão de Saramago.
Vemos em Ensaio pessoas que mesmo sob condições extremas tentam ser justas e pensar no próximo, pessoas que na primeira oportunidade de poder já mostram o que são, pessoas dominadas pelo medo, há um pouco de tudo.
Aos poucos as pessoas vão se animalizando, e por isso mesmo, valores melhor internalizados, isso é, quem realmente somos é o que conta nessa hora, e quando se passa por isso preservando humanidade, gentileza e bondade ganha-se muito respeito por si mesmo.
Mas ser bom não é de maneira nenhuma ser idiota ou imbecil. Ser bom é também reagir, manter-se de pé quando nossos limites foram ultrapassados, e muito.
Vale muito a pena ver o filme, recomendo.
Postado por Unknown às 16:08 9 comentários
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Portugal, Brasil .....e as cordas.....
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Sons assim são parte importantíssima da nossa identidade...não?
Além de podermos dizer que o fato de tocarmos assim tem muito a ver com Portugal e portugueses....
Quem não se sentir, ouvindo isso, muito feliz em ser português ou ser brasileiro,... é ruim da cuca....uiiii!....
Postado por Unknown às 20:01 1 comentários
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"Desprezo por nós mesmos"
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
O fato de João Ubaldo Ribeiro ter recebido o Prêmio Camões já valeria a postagem aqui, mas o que achei realmente interessante foi o que ele disse sobre brasileiros letrados e o desprezo pelas suas origens. Alguns brasileiros não identificariam assim, tão evidentemente os laços com Portugal por terem uma criação mais influenciada por outras culturas européias, asiática, africanas, etc... mas falamos português, o que já determina muita coisa. E há muito de português em ser brasileiro, e esse "ser brasileiro" é algo que percebemos mais ainda que somos, quando viajamos ao exterior. Pois é, essa nossa cultura brasileira, tem muito de portuguesa mas de uma maneira tão intrincada, misturada, enviezada, que nos damos ao luxo de rejeitar. Grande erro. Olhar francamente para nós mesmos é muito mais saudável culturalmente. Até esse desprezo e euforia por nós mesmos é muito português e muito brasileiro.
Adoramos grandes dramas humanos. Adoramos sonhar. E nos emocionamos facilmente, cada povo à sua maneira, claro. Também podemos ser terrívelmente artificiais e frios quando mostramos nosso pior lado.
Portugueses conseguem achar, e pior ainda, sair dizendo por aí que não estão mais aqui desde que declaramos a Independência, não é incrível?
Para perceber o quanto a cultura portuguesa determinou o Brasil, é só olhar para a língua que falamos de Norte a Sul, Leste a Oeste. Uma língua bastante influenciada, dependendo da Região, mas a língua portuguesa.
Aliás portugueses adoram me dizer o quanto há de diversidade linguística em Portugal o que acho interessantíssimo.
Bem, sobre língua (falada, a verdadeira), grafia da língua (escrita, uma convenção que criamos para reproduzir a língua falada, e todos sabemos as vantagens da comunicação escrita), e a ortografia (as regras que criamos para a língua escrita) quero falar melhor, em outra postagem.
Até essa preocupação exagerada com a reforma ortográfica com argumentos de que o Brasil estará "engolindo" Portugal, é algo muito brasileiro e muito português.
Conseguem ver brasileiros dizendo o mesmo, numa mesma situação? Eu sim.
Vejo tantas similaridades que acho até engraçado...
Mas é claro que não estou dizendo aqui que somos uma cópia de portugueses.Somos muitas outras coisas também, boas e ruins, que herdamos de outras culturas. Mas os costumes portugueses, por serem parte da cultura dominante no nascedouro do Brasil, são parte de nós de maneira evidente e inegável.
Postado por Unknown às 08:02 0 comentários
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A cultura violenta do brasileiro....
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Eu achei as idéias dele tão estreitas, e achei que isso era tão óbvio a todos que lessem, que pensei ser melhor deixar que pra lá, que outros rebatessem, afinal eu a era dona do blog. Ou falar sobre isso com o tempo, não sei dizer,o negocio é que naquele determinado momento eu sinceramente não estava interessada ...
Era importante, na época, não parecer que queria arrastar portugueses para esse blog, com um intuito de me mostrar melhor ou coisa assim. De evangelizar, ou simplesmente entrar nessa idiotice de qual país é melhor. Quando eu disse que caberia quatro Portugais no Brasil acho que foi até exagerado, apesar de haver bastante pobreza também em Portugal, o que multiplicaria essa pobreza por quatro. Mas imagino que mesmo pegando as classes A e B brasileiras, ainda a distribuição de renda seria pior que esses 4 Portugais, bem, na verdade não sei realmente, e também pouco importa para o que gostaria para esse blog, só estou comentando pra ser justa.
Acho, sinceramente essa discussão bem boba, não sinto, realmente necessidade dela. Mesmo falando sobre a grandiosidade do Brasil o intuito era só dar a dimensão das coisas, não acho que um país menor tenha menos valor, imagine!
Portugal, mesmo pequeno, sempre estará de certa maneira nos países que colonizou. Eu só rebati essa idéia de que isso aqui é uma bagunça, ninguém trabalha, o brasileiro vive de passar a perna nos outros, etc..etc...
Imagine como o país funcionaria se fosse assim...
Apesar de concordar com Saramago que hoje não há indivíduos, mas clientes, é uma outra discussão, interessantíssima, mas para outro dia.
Depois mesmo eu disse que em termos de criminalidade, distribuição de renda...e outras coisas, Portugal é melhor, e pronto.
Imagino que se ao falar com um português ou qualquer outro estrangeiro eu tenha que carregar comigo todos os problemas do meu país, isso é no mínimo muito ignorante da parte dele.
Você, português, imagine começar a conversar com um brasileiro e ter sempre que lidar com uma conversa assim, que em Portugal há muito pedófilo, ou citar alguma outra mazela portuguesa. Você, se for a pessoa legal que imagino ser vai fazer cara de paisagem que é mais ou menos uma cara assim "????????" ou "ãhn?".
Tou errada? Isso é no mínimo ignorância, convenhamos.
Mas apesar de alguns brasileiros reclamarem disso nos portugueses, comigo, isso nunca houve, a relação é muito proveitosa e interessante, aprendi bastante com portugueses até sobre mim mesma, minha maneira de pensar, minha cultura.
Uma vez conversei com um africano que realmente mostrou muito ódio a portugueses, mas foi um só, não dá pra tirar conclusão nenhuma disso.
Africanos, até onde eu sei, adoram brasileiros, mas vieram jogar conosco outro dia e ...dizem...não vi...bateram bastante, então talvez os portugueses estejam supervalorizando isso, mas realmente não sei.
Bem, voltando à cultura violenta e inferior do brasileiro, segundo o Braga, simplesmente achei que se enrolou sozinho. Nem me doeu chamar de burro. Na verdade senti algo como cansaço. Então achei que foi a melhor opção. Dias depois, nesse fórum do Hi5 que frequento, uma portuguesa resolveu levantar a questão do que seria definido como cultura, e aí aconteceu de eu ser a primeira a responder tranquilamente o que, dois dias atrás não havia respondido aqui, porque achei melhor assim.O contexto era outro, e eu tenho certeza que ela tinha sentido a necessidade por ter lido a discussão aqui.
Achei que acabou sendo tão melhor assim...
Eu, aos vinte anos, tinha toda a paciência do mundo para discutir com racistas algumas coisas, ou com conservadores, que violência aliada a nacionalidades ou cultura é uma idiotice (nunca que usaria o termo "idiotice" naquela época, mas ando meio sem paciência e há anos luz daquela disposição)mas hoje em dia me sinto totalmente desestimulada...
O máximo que faço é lançar uma ou duas frases aborrecidas...e já cansei...
...e por outro lado a violência no Brasil é algo que incomoda tanto, que as vezes é bom deixar brasileiros lerem essas idiotices e se sentirem ofendidos...
O negócio é que ao mesmo tempo brasileiros esclarecidos me cobram...
E eles me cobram com um ar tão cansado também, entediados e tristes, e percebo que alguns portugueses fomentam o descaso de brasileiros que nunca iriam ofendê-los , que são educados, pessoas interessantíssimas, mas que simplesmente não se interessam minimamente por portugueses justamente por episódios assim.
Por que não vêm aqui dizer algo?
Nem pra mim dão argumentos, apesar de eu ter certeza que os têm, até muito mais que eu.É algo triste, porque simplesmente ignoram portugueses e acham que essa minha ligação com portugueses é algo meio estranho.
Então queria dizer, a quem passar por esse blog, que dizer que está na cultura do brasileiro ser violento, argumento do Braga, é equivalente a dizer que a máfia era inerente à cultura italiana, por exemplo.
Todo mundo sabe o estrago que foi a máfia italiana para os Estados Unidos da América com os imigrantes que chegaram em massa no século passado.
O curioso é que não se pode dizer da imigração italiana no Brasil nesses termos. Mas quanto vocês querem apostar que havia, na época, nos Estados Unidos, quem dissesse que era algo que não havia jeito, que fazia parte de ser italiano ser explorador de comerciantes honestos, e matar sem pensar duas vezes?
Hoje em dia parece grande absurdo, uma teoria assim.
Esse é o problema de quem diagnostica olhando para a realidade só em determinado momento, sem olhar para a história como totalidade.
Mas por sermos um povo misturado, com sangue negro, essas "verdades" são arrotadas mais facilmente.
Agora, em termos de números.
Para se dizer com alguma propriedade que a violência é parte inerente da cultura brasileira, precisamos imaginar que a porcentagem de criminosos no Brasil seja de quanto?
Imagino, que, sem medo de errar demasiado, 20%, 25% é a porcentagem de quem vive exclusivamente do crime, nos lugares brasileiros mais violentos, as favelas.
Poderíamos ir para outro extremo, Brasilia, a cidade com renda mais bem distribuída no Brasil e pensar na porcentagem de crime, mas o Braga falou aqui de violência, de facada e arma de fogo, então voltemos às favelas e aos semáforos brasileiros.
Se 80%, 75% de quem vive nas favelas não vive do crime, podendo, é claro ter uma relação "familiar" com ele, ou até de certa maneira, conivente, mas desce todo o dia o morro para serem empregadas domésticas, motoristas, balconistas e etc, ou venderem mercadoria no asfalto, será que o brasileiro quer ser mesmo criminoso ou é simplesmente dragado pela poderosa realidade e têm por defeito acreditar pouco em si?
Brasileiros acreditam muito pouco em si, e quando são insultados, vem com certos argumentos, que têm sim, sua verdade, mas não mudam nada concretamente.
Essa música dos Paralamas que diz "a arte é viver da fé, só não se sabe fé em que", fala sobre essa crença que não é em si mesmo, mas em algo exterior, impalpável, que umdia resolverá tudo.
Ouviram falar da pesquisa que diz que o brasileiro é o mais otimista do mundo?
Aqui vou arriscar dizer que é algo da cultura brasileira que tem muito a ver com a portuguesa, sendo simplesmente o outro lado do espelho.
Mas falando aos brasileiros, quero que brasileiros acreditem mais em si e se importem menos com pensamentos como os do Braga e outros, que têm o problema de olhar demasiado de perto, ao ponto de serem míopes.
Agora, falando de elites malcheirosas, aí é algo que os portugueses deveriam tratar com muito mais intimidade e cuidado, porque a elite portuguesa não é das melhores.
Aliás a relação do primeiro mundo com as elites de países pobres é muito parecida com a relação do trabalhador que mora na favela com o traficante.
Pensando bem, eu escrevi uma besteira. A relação da elite mundial com as elites de países pobres é muito mais vergonhosa, hipócrita, e de comum acordo e interesse do que a relação do morador da favela com o traficante.
É por isso, que depois de pensar sobre tudo o que se conclui?
Que sempre temos escolhas, mas o ambiente determina muita coisa.
Determinou a poder da máfia italiana nos E.U.A , o nazismo, e determina o crime nas nossas favelas e, por consequência, nas nossas cidades.
Mas o ambiente, ou a realidade, só pode ser vencida ou modificada por quem, não deixando nunca de levá-la em conta, age com o poder que só tem quem olha além dela,não acham?
Postado por Unknown às 22:51 5 comentários
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Musica!!!!!!
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Esse vídeo tem uns vinte aninhos...
Caetano me ensinou muito só sendo ele mesmo, no que ele é competentíssimo, tá nem aí pra ninguém...
Sabe, pessoal, eu comecei um tópico de música lá no fórum, e daí passei a pensar em como gosto de coisas tão diferentes, e só falando aqui do que é produzido na minha língua...de rock ao reggae, samba, bolero, sertanejo, pagode....
Aí passei a pensar que a minha identidade foi se formando mais por ir adicionando influências que ir discriminando, quer dizer...nem tudo o que está lá eu ouviria muitas vezes, mas muito do que postaram eu ouviria e ouvirei sim, muitas vezes, e todas que eu postei ouviria, tb....
Aí pensei que me identifico com o amor ingênuo e "tradicional" de algumas músicas, a expressão do amor lésbico da Cassia Eller, cantando uma música do completamente maluco, e também homossexual Cazuza, grande letrista, mas todo mundo se identifica com a expressão de amor, dos dois...não?.... o questionamento de "Los Hermanos" sobre o que significa ser "vencedor" e outras coisas mais , a melancolia digníssima do fado, que me toca profundamente e me questiona na minha mania de leveza que é, também uma fuga; a safadeza deliciosa do samba, sobre a qual eu ainda nem falei, tudo sou eu....
O Rock brasileiro que começou a aparecer na mídia nos anos 80, meu deus...tanta coisa que continua atualíssima....
A leveza de algumas músicas que fazem o bem enorme de te fazer se esquecer e ficar de bom humor....há tanta coisa boa por aí....não?
Acho que no fundo, todo mundo é multifacetado...mas não se permite ser...pq precisa da oposição pra criar identidade.
Aqui quem gosta de rock dificilmente ouve sertanejo...e é assim mesmo em todo lugar.
Eu gosto de letra e som de qualidade, isso sim, gênero importa menos, tem mais a ver com estado de espírito.
Bem acho que essa grande curiosidade é uma faceta brasileiríssima, mas vai haver brasileiro que vai dizer "Sou brasileiríssimo mas gosto é de rock, eu hein..." e não brasileiros que se identificam comigo e aí lá se foi mais uma teoria....
O link do fórum:
Postado por Unknown às 03:11 0 comentários
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Para quem quiser ler....
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Um livro que de alguma forma eleva o ego do mundo português (não aconselhado aos brasileiros que contestam a colonização portuguesa:-).
O Codex 632, escrito por José Rodrigues dos Santos, um romance que não é mais que isso, embora baseado em factos reais, em omissões da história e em conjecturas que podem ou não ser verdadeiras....
Como sou pouco dado a temas culturais demasiado profundos...não consigo ler por exemplo Nietzche, Cant ou outros chatos parecidos...o que mais apreciei neste livro foi a facilidade com que se lê e o envolviemnto que se sente.
http://oglobo.globo.com/blogs/paralelos/post.asp?cod_post=13458
Postado por República dos Bananas às 23:05 29 comentários
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Assalto....
sábado, 9 de agosto de 2008
Na Quinta-Feira, 7 de Agosto, dois brasileiros tentaram assaltar um banco em Lisboa, armados e com a tomada de reféns. Ao fim de oito horas de impasse, um foi morto pela polícia e outro está gravemente ferido.
Como não pretendia escrever sobre esse assunto, por a minha maneira de ver o assunto poder parcial, mas por outro lado, não o queria deixar passar em branco, decidi publicar este pequeno texto com ligação através do título para um forúm onde participo e onde também constam as minhas opiniões. Assim, quem quiser ler algo sobre este assunto, deve fazer click em Assalto....
Postado por República dos Bananas às 16:18 19 comentários
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Entrevista com Ines Pedrosa
terça-feira, 5 de agosto de 2008
I num é que a dona Globo também deixa colocar aqui? Eu já tinha tentado, mas não tinha conseguido...E a qualidade do vídeo...é ótima...Beijo pra dona Globo.
Postado por Unknown às 08:56 0 comentários
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Coisas em comum....
sábado, 2 de agosto de 2008
Portugueses não podem reclamar, são iguaizinhos...iguaizinhos...nisso...
Bem, nem todos brasileiros são assim!...tem eu e mais 6 que não são....rsss
E em Portugal?
Tem o República....bem, talvez metade do República, não sei...rsss
e mais outros 4....
Postado por Unknown às 05:12 3 comentários
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Debates..e debates....
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Sabe que certas coisas para mim funcionam assim...eu tenho uma idéia do que quero, mas ainda não está tão claro, é uma sensação, e sensações as vezes são difíceis de serem explicadas. Até que num certo momento, você consegue colocar isso em palavras.
Eu gosto muito de debates. Claro, debates construtivos, daqueles que quando você sai, você sai muito melhor do que entrou. Quando você cresce, e não descresce.
Então o debate que se começou por aqui parecia querer tomar o rumo de querer um título assim:
"Que país é melhor?" "Brasil ou Portugal?"
Convenhamos, esse não é um debate sério, de gente adulta. Tá mais pra criancinhas discutindo no jardim da infância.
Pior ainda em um blog que pretende a conexão.
Brasil e Portugal não são comparáveis em muitos aspectos, e nos que são, eu, que adoro meu país, vou dar nota menor a ele, muito mais que a Portugal, não posso fazer nada a respeito. Isso me faz me sentir inferiorizada em relação a portugueses? Acho que só preciso responder para pessoas que não me conhecem porque as que conhecem sabem muito bem como estou a vontede com minha identidade, com minha origem. Eu tenho muitos problemas em relação a muita coisa, mas esse definitivamente não é um.
Minha relação com minha identidade é muito madura, graças a deus.
E acho que quando você entra em discussões assim, é porque você ainda precisa de convencer os outros, precisa que te digam, te confirmem que seu país, o lugar onde nasceu, sua cultura, tem seu valor, eu não preciso disso.
E, melhor ainda, também não preciso reconhecer que Portugal é um país lindo!
Olha como já evoluímos, que maravilha! Não é bom?
O negócio é que como já disse, adoro debates. Mas aqui, eles precisam ser pra nos explicar, pra nos traduzir, entende, pessoal?
Portugas e Brasileiros?
Vamos fazer um debate inteligente?
Já que tivemos a sorte, ou a escolha certa de aprender melhor a nos comunicar, esse não vai ser o grande problema, então, olha só, dá pra se fazer algo diferente, genuíno, não digo original porque seria o típico menino bobo...rssss
Mas pronto, (como dizem meus amigos portugueses, adoro esse "mas pronto") eu vou ser esse menino bobo bem pretensioso, vamos fazer aqui um debate original!...nunca...jamais feito no mundo entre portugueses e brasileiros, o que acham?... beijos..
Postado por Unknown às 07:00 1 comentários
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Sinceramente?
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Toda vez que um português responde de maneira inteligente quebra o preconceito de português burro, e espero que, os portugueses comecem a achar muito engraçada a briga no geral e quebrem também a idéia de que não conseguem rir de si mesmos e são muito arrogantes. Humor também é inteligência..não?
E não é possível que não dê para perceber que o Brasil é grandioso. Com muita pobreza, favela, fome ainda, muita violência, mas com muitas empresas, fábricas, bancos, indústrias, comércio.Que milhões de brasileiros levantam cedo para trabalhar e que há organização aqui, também, senão imagine o caos que seria, um país com um Pib de 1,6 trilhões de dólares, por baixo. É mal distribuído, esse dinheiro, circula mal, mas circula.Isso aqui, principalmente onde vivo, é puro capitalismo, com tudo de bom e ruim do capitalismo.
Para se entender o que é o Brasil imagine uns 3 Portugais, e mais uma parte da África, fiquei com preguicinha de ir pesquisar que parte da África corresponderia, mas acho que deu pra entender.
Então existe aqui muita gente vivendo bem, com nível de vida equivalente à média de Portugal. Até pode-se dizer que provavelmente são na maioria essas pessoas que ficam no youtube, porque o brasileiro que se mata de trabalhar não tem esse acesso nem tempo. Bem, nós temos 15 milhões de usuários que usam a internet cotidianamente, em casa. Então quando Portugal vem fazer negócios aqui, é porque há, no mínimo, um outro Portugal, como mercado, para explorar. É claro que a língua em comum e outros fatores são lembrados na hora da negociação, mas isso não decidiria nada.
Há também o fato de que somos tão grandes (em território) que isso faz com que tenhamos pouca troca cultural. Então a discussão pelo menos faz o brasileiro sair do seu mundinho também, e de um certo egocentrismo....só não gosto é de racismo e baixarias....
Acho que briga boa é cheia de boas frases, e não frases apelativas...
é isso...
Amanhã vou colocar uma crônica que li no jornal sobre gente entediada, um puxão de orelha até em mim mesma, pelo menos senti assim...
Postado por Unknown às 17:16 18 comentários
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Nem menino bobo, nem velho chato....
terça-feira, 29 de julho de 2008
Vênus.....................................Criaste este tema polémico e agora estás a colocar alguma água fria na outra que ferve, mas....eu prefiro continuar com a polémica, que apesar de tudo, não me parece despropositada.
Como é obvio, aqui falo sempre por mim e não pelos portugueses e de forma nenhuma me vejo na pele do velho rezingão, porque....por muitos porques:
1-não me tenho na conta de mais esperto, nem tenho a intenção de dar lições ao menino chato;
2-porque apesar do que o menino chato possa pensar do velho, o menino chato já vai com 200 anos e já era tempo de pensar por ele e tratar dele sem culpar o velho. Até porque:
O velho não é culpado de tudo, de facto, estou certo que apesar do "boom" económico que o menino chato teve, ele matou e destruiu mais indios e floresta amazónica em 200 anos, que o velho rezingão nos outros 300.
3- De facto o velho pode ter ajudado pouco o menino a desenvolver-se, mas isso é uma característica deste velho (vive e deixa viver).
4- Quem fala noutras colonizações, esses sim são completamente burros porque todos os outros países colonizadores foram piores como tal...merece-me real destaque os defensores da colonização espanhola na América do Sul...a esses, só digo que devem perguntar ao Inca Atahulpa o que pensa de Pizarro e dos seus amigos e os benefícios que recebeu deles e dos seus descendentes, ele e o seu país...e os outros países.
Alguns, outros, têm uma coisa que este velho rezingão nunca conseguiu fazer; apesar de serem muito racistas, apesar de se sentirem realmente superiores aos outros povos, apesar de não os respeitarem minimamente, sempre souberam quando se deviam vir embora e fizeram-no sempre pela porta grande (estou a pensar nos ingleses, no seu racismo, na sua superioridade e na commonwealth)...
Mas este velho rezingão tem realmente razões para se orgulhar...e podia ter mais, mas neste como noutros locais existem os vendilhões do templo, conhecidos como políticos. É que, para se orgulhar, este velho não precisa de falar sempre de um passado grandioso, ele pode orgulhar-se, por exemplo, de ser o principal obreiro pela criação da 1ª Nação deste milénio, o parto foi difícil, o velho estava com a consciencia pesada, pois 25 anos antes, já sem possibilidades de defender esse território, penúltimo do Império do passado grandioso, o velho tinha-o abandonado às mãos de um vizinho que ainda por cima é o maior país muçulmano do Mundo....mas o velho não esqueceu e durante 25 anos, já sem os exércitos de outrora, sempre que podia faláva e chateava os outros grandes do mundo que andam sempre a falar de democracia, mas que não queriam saber desse pequenote para nada...até que um dia milhares de cidadãos desse velho exigiram fente à embaixada americana, uma mudança da sua política em relação a esse pequeno território....e os vendilhões do templo desse tempo (leia-se políticos), encorajados pelos seus cidadãos, ou, quem sabe, com medo deles, ameaçaram essa grande potência que ou mudava de política em relção a Timor ou o velho abandonava a missão de imposição de paz no Kosovo (com o qual não tinha nada a ver) e consequentemente abandonava a NATO...e aí o Golias económico e militar, o maior do globo, tremeu e tremeu tanto que em três dias a situação nesse pequeno território fez uma volta de 180º.
O velho ainda é capaz de grandes feitos, mas sem dirigentes à altura, desgastado e sem força anímica, por vezes perde-se nessas questiunculas com o jovem bobo e quer dar uma de superior...mas o jovem que realmente é bobo, não percebe que o velho que mora muito, muito longe, tem muitas obrigações com os seus vizinhos....e o jovem, apesar dos seus 200 anos, acha que o velho ainda deve cuidar dele, não percebe essas obrigações do velho com os vizinhos, e atira todas as culpas das suas incapacidades para cima do velho.................................................
Postado por República dos Bananas às 14:33 5 comentários
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