Não sendo uma pessoa que goste especialmente de protagonismos e sentindo que tenho uma mente sã em corpo (mais ou menos) são, é-me (quase) indiferente o que outros pensem sobre aquilo que digo ou escrevo, muito menos tenho qualquer necessidade de "dar nas vistas". Por conseguinte a critica fácil que façam a algo que eu diga ou escreva, é-me completamente indiferente. Completamente? não completamente (como nas histórias de Astérix o gaulês) há umas quantas situações, perante as quais fico sem saber como reagir. Mas se disser que "me é indiferente", também não estou a utilizar a expressão correcta; pois a verdade é que dou atenção e tento analizar o melhor que consigo e posso e respondo, se acho que o devo fazer.
Ora, participando eu neste blog da Vênus Aquario, muito recentemente fiquei sem saber como reagir, quando ela criticou o tipo de humor de dois vídeos que coloquei num post anterior. Numa situação normal, eu não teria dado importância nenhuma ao assunto e nem sequer teria respondido, mas....o blog é dela e sendo o blog dela, tenho eu o direito de fazer algo que lhe desagrade? algo que a faça sentir mal dentro do seu espaço? Acabei por retirar os vídeos apesar dos protestos da Vênus...só que esse também não sou eu, acabei por me violentar! Mas será que devo levar mais a sério os comentários dela do que de qualquer outro participante ou comentador do Blog? Espero que ela responda a isto...quando regressar :-) até lá, pelo menos aqui, não vou colocar nada de muito polémico. No entanto, lanço algumas perguntas...quais são os limites do humor? Até onde se pode ir? Será que para não ferir (algumas) susceptibilidades, se deve fazer uma discriminação positiva????
Para mim, sei quais são as respostas adequadas, mas… e os outros participantes e comentadores do blog?
Quais são os limites do HUMOR????
sábado, 3 de janeiro de 2009
Postado por República dos Bananas às 04:05 1 comentários
Marcadores: discussão e debate, humor português, limites do humor, polêmica, valores culturais
Porque são os portugueses como são...
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Diz o Kury que os Portugueses são os mais desconfiados e os menos cívicos da Europa; além disso diz que existem os velhos do Restelo, os bota-abaixo para os quais tudo está mal e que impera o chico-espertismo. Não vou contrariar isto, estas são na verdade características bem Portuguesas, mas...tudo tem uma razão de ser e neste caso a razão de ser é muito forte. Antes de continuar vou incluir um texto que poderia ter sido escrito por um desses Portugueses Bota-Abaixo:
"As pessoas moram em gaiolas para coelhos a preços exorbitantes. Já não se pode circular nas ruas. Quando penso no que Roma se tornou, fujo para longe. Os milhões que ganham os promotores. Vindos dos quatro cantos do Mediterrâneo, ei-los que adquirem as melhores casas para delas se apoderarem. Desprezam os nossos gostos e valores; o mau gosto torna-se sinónimo de requinte, o idiota passa por genial, cantores medíocres são vistos como estrelas. Já não há em Roma mais lugar para um bravo Romano. Na rua os estrangeiros agridem-nos . Depois, ainda por cima são eles que te acusam e levam a tribunal.
Onde estão os ritos antigos? a religião é publicamente vilipendiada. Quem teria ousado, outrora, fazer troça do culto dos deuses? Não nos devemos surpreeender que a desonestidade seja geral. Já ninguém tem palavra porque todos perderam a fé. Mesmo os crentes já não crêem na virtude. Outrora, uma pessoa desonesta era algo incrível. E agora, um tipo verdadeiramente íntegro é visto como um prodígio. Quanto aos jovens, é melhor nem falar. Onde já vai o tempo em que era visto como um sacrilégio um jovem não se levantar diante de um idoso? em resumo, devoção, correcção, rectidão, palavra de honra, respeito, valor, civismo, património cultural, etc; tudo isso desapareceu."
...Só que não foi escrito por nenhum Portuguguês, foi escrito por Décimus Junius Juvenalis há cerca de 1900 anos. Pode-se perorar que isto são características dos povos do sul da Europa, mas...não é só, trágicamente assiste-se ao colapso da justiça com uma total inversão de valores, onde indivíduos que todos sabemos culpados são ilibados por pormenosres técnicos ou por falta de provas e com a mesma justiça, com uma mão pesada sobre os mais fracos e oprimidos (mas a isto já estamos habituados, só que o 25 de Abril deveria ter revertido este estado de coisas e não o fez...há uma justiça para os ricos e poderosos e depois há outra para os pobres...a título de exemplo é só comparar o processo de pedófilia da Casa Pia que anda em "bolandas" sem atar nem desatar creio que há seis anos e em tribunal há quatro, onde estão envolvidos políticos, um ex-embaixador, apresentadores de televisão e muitas outras pessoas da alta roda...e o processo semelhante ocorrido na mesma altura nos Açores que foi resolvido e julgado em três meses, mas que não tinha nenhuma figura pública; o próprio Procurador Geral da República Portuguesa" disse que julgar o senhor "Farfalha dos Açores" não era o mesmo que julgar o senhor "Carlos Cruz"; eu sei que não é porque já sabia isso, mas gostava que fosse igual, gostava que a justiça realmente tivesse os olhos vendados e a balança de pratos na mão...mas a justiça cá, ficou com a epada, esqueceu a balança de pratos e ainda por cima tirou a venda!
Depois assiste-se a uma classe política e não só...mais propiamente, a uma classe dominante que faz e desfaz a seu bel-prazer; enquanto discutem ordenados mínimos na ordem dos 450€ atribuem-se a eles próprios ordenados milionários da ordem dos milhões de € sem que sejam minimamente controlados...ou pelo menos regulados: a título de exemplo veja-se o seguinte link, pois faz parte dos blogs de um semanário de grande tiragem e o próprio texto tem links para a notícia que lhe deu origem http://sol.sapo.pt/blogs/lucifer88/archive/2008/10/28/Vencimentos-na-EDP_3A00_-Ana-Maria-Fernandes.aspx ...a este respeito diga-se ainda que a EDP se prepara para subir a energia eléctrica no consumidor final em 4% não em 7% como estava inicialmente previsto, com a desculpa dos altos preços dos combustíveis...quando estes parecem ter descido a preços de há dois anos atrás e depois de esta companhia ter lucros aproximados de 1500 milhões de Euros neste ano da graça de 2008.....1500 milhões de Euros, um valor que eu nem sei ler e que são obtidos à custa do monopólio da produção e distribuição da energia eléctrica em Portugal.
Bom, o texto vai longo, mas não resisto a dizer que o chico-espertismo não é invenção Portuguesa ainda a passada semana se soube do maior escandalo de vigarice à escala global protagonizado por Bernard Madoff...portanto, quanto muito e a nível dos Portugueses nós podemos é ser uns "chico-parvitos-armados-em-espertos" pois ao pé do Madoff, o que por cá se passa não é nada.
Mas dizer que o dantes é que era bom, não é realmente uma posição completamente honesta, no entanto os mais velhos lembram-se do velho das botas chamado Salazar, esse, a par de manter um país e os seus cidadãos na ignorância e na pobreza, teve a honestidade de não se servir do estado para enriquecer. No entanto é impossível fazer a apologia do Salazarismo pois o dito governante, tendo surgido depois da 1ª República, conseguiu pôr em ordem o que restava dela e de alguma forma, começar a levantar o País, mas, não soube evoluir nem adaptar-se ao seu tempo acabando por ser ultrapassado por esse tempo, tornando-se num dos maiores fracassos de governação...
Podia continuar a lista das causas do descrédito das pessoas em relação ao Estado e às instituições, no entanto o texto vai longo e esprimidinho, esprimidinho, apenas represento um voto nas urnas...o que é manifestamente pouco para mudar o que quer que seja.
Postado por República dos Bananas às 22:16 1 comentários
Marcadores: 25 de abril, cultura. povos, modo de vida, salazarismo, valores culturais, velhos do restelo, vida portuguesa
É...
terça-feira, 23 de setembro de 2008
...ser brasileiro é ouvir Gonzaguinha e sair batucando no corpo, na mesa, em qualquer lugar...ser brasileiro é conseguir dizer "Estou feliz agora, nesse momento"
Postado por Unknown às 11:26 0 comentários
Marcadores: alegria, brasil no mundo, brasileiros, cultura. povos, é o que é, felicidade, gonzaguinha, humor brasileiro, samba, valores culturais
A cultura violenta do brasileiro....
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Eu achei as idéias dele tão estreitas, e achei que isso era tão óbvio a todos que lessem, que pensei ser melhor deixar que pra lá, que outros rebatessem, afinal eu a era dona do blog. Ou falar sobre isso com o tempo, não sei dizer,o negocio é que naquele determinado momento eu sinceramente não estava interessada ...
Era importante, na época, não parecer que queria arrastar portugueses para esse blog, com um intuito de me mostrar melhor ou coisa assim. De evangelizar, ou simplesmente entrar nessa idiotice de qual país é melhor. Quando eu disse que caberia quatro Portugais no Brasil acho que foi até exagerado, apesar de haver bastante pobreza também em Portugal, o que multiplicaria essa pobreza por quatro. Mas imagino que mesmo pegando as classes A e B brasileiras, ainda a distribuição de renda seria pior que esses 4 Portugais, bem, na verdade não sei realmente, e também pouco importa para o que gostaria para esse blog, só estou comentando pra ser justa.
Acho, sinceramente essa discussão bem boba, não sinto, realmente necessidade dela. Mesmo falando sobre a grandiosidade do Brasil o intuito era só dar a dimensão das coisas, não acho que um país menor tenha menos valor, imagine!
Portugal, mesmo pequeno, sempre estará de certa maneira nos países que colonizou. Eu só rebati essa idéia de que isso aqui é uma bagunça, ninguém trabalha, o brasileiro vive de passar a perna nos outros, etc..etc...
Imagine como o país funcionaria se fosse assim...
Apesar de concordar com Saramago que hoje não há indivíduos, mas clientes, é uma outra discussão, interessantíssima, mas para outro dia.
Depois mesmo eu disse que em termos de criminalidade, distribuição de renda...e outras coisas, Portugal é melhor, e pronto.
Imagino que se ao falar com um português ou qualquer outro estrangeiro eu tenha que carregar comigo todos os problemas do meu país, isso é no mínimo muito ignorante da parte dele.
Você, português, imagine começar a conversar com um brasileiro e ter sempre que lidar com uma conversa assim, que em Portugal há muito pedófilo, ou citar alguma outra mazela portuguesa. Você, se for a pessoa legal que imagino ser vai fazer cara de paisagem que é mais ou menos uma cara assim "????????" ou "ãhn?".
Tou errada? Isso é no mínimo ignorância, convenhamos.
Mas apesar de alguns brasileiros reclamarem disso nos portugueses, comigo, isso nunca houve, a relação é muito proveitosa e interessante, aprendi bastante com portugueses até sobre mim mesma, minha maneira de pensar, minha cultura.
Uma vez conversei com um africano que realmente mostrou muito ódio a portugueses, mas foi um só, não dá pra tirar conclusão nenhuma disso.
Africanos, até onde eu sei, adoram brasileiros, mas vieram jogar conosco outro dia e ...dizem...não vi...bateram bastante, então talvez os portugueses estejam supervalorizando isso, mas realmente não sei.
Bem, voltando à cultura violenta e inferior do brasileiro, segundo o Braga, simplesmente achei que se enrolou sozinho. Nem me doeu chamar de burro. Na verdade senti algo como cansaço. Então achei que foi a melhor opção. Dias depois, nesse fórum do Hi5 que frequento, uma portuguesa resolveu levantar a questão do que seria definido como cultura, e aí aconteceu de eu ser a primeira a responder tranquilamente o que, dois dias atrás não havia respondido aqui, porque achei melhor assim.O contexto era outro, e eu tenho certeza que ela tinha sentido a necessidade por ter lido a discussão aqui.
Achei que acabou sendo tão melhor assim...
Eu, aos vinte anos, tinha toda a paciência do mundo para discutir com racistas algumas coisas, ou com conservadores, que violência aliada a nacionalidades ou cultura é uma idiotice (nunca que usaria o termo "idiotice" naquela época, mas ando meio sem paciência e há anos luz daquela disposição)mas hoje em dia me sinto totalmente desestimulada...
O máximo que faço é lançar uma ou duas frases aborrecidas...e já cansei...
...e por outro lado a violência no Brasil é algo que incomoda tanto, que as vezes é bom deixar brasileiros lerem essas idiotices e se sentirem ofendidos...
O negócio é que ao mesmo tempo brasileiros esclarecidos me cobram...
E eles me cobram com um ar tão cansado também, entediados e tristes, e percebo que alguns portugueses fomentam o descaso de brasileiros que nunca iriam ofendê-los , que são educados, pessoas interessantíssimas, mas que simplesmente não se interessam minimamente por portugueses justamente por episódios assim.
Por que não vêm aqui dizer algo?
Nem pra mim dão argumentos, apesar de eu ter certeza que os têm, até muito mais que eu.É algo triste, porque simplesmente ignoram portugueses e acham que essa minha ligação com portugueses é algo meio estranho.
Então queria dizer, a quem passar por esse blog, que dizer que está na cultura do brasileiro ser violento, argumento do Braga, é equivalente a dizer que a máfia era inerente à cultura italiana, por exemplo.
Todo mundo sabe o estrago que foi a máfia italiana para os Estados Unidos da América com os imigrantes que chegaram em massa no século passado.
O curioso é que não se pode dizer da imigração italiana no Brasil nesses termos. Mas quanto vocês querem apostar que havia, na época, nos Estados Unidos, quem dissesse que era algo que não havia jeito, que fazia parte de ser italiano ser explorador de comerciantes honestos, e matar sem pensar duas vezes?
Hoje em dia parece grande absurdo, uma teoria assim.
Esse é o problema de quem diagnostica olhando para a realidade só em determinado momento, sem olhar para a história como totalidade.
Mas por sermos um povo misturado, com sangue negro, essas "verdades" são arrotadas mais facilmente.
Agora, em termos de números.
Para se dizer com alguma propriedade que a violência é parte inerente da cultura brasileira, precisamos imaginar que a porcentagem de criminosos no Brasil seja de quanto?
Imagino, que, sem medo de errar demasiado, 20%, 25% é a porcentagem de quem vive exclusivamente do crime, nos lugares brasileiros mais violentos, as favelas.
Poderíamos ir para outro extremo, Brasilia, a cidade com renda mais bem distribuída no Brasil e pensar na porcentagem de crime, mas o Braga falou aqui de violência, de facada e arma de fogo, então voltemos às favelas e aos semáforos brasileiros.
Se 80%, 75% de quem vive nas favelas não vive do crime, podendo, é claro ter uma relação "familiar" com ele, ou até de certa maneira, conivente, mas desce todo o dia o morro para serem empregadas domésticas, motoristas, balconistas e etc, ou venderem mercadoria no asfalto, será que o brasileiro quer ser mesmo criminoso ou é simplesmente dragado pela poderosa realidade e têm por defeito acreditar pouco em si?
Brasileiros acreditam muito pouco em si, e quando são insultados, vem com certos argumentos, que têm sim, sua verdade, mas não mudam nada concretamente.
Essa música dos Paralamas que diz "a arte é viver da fé, só não se sabe fé em que", fala sobre essa crença que não é em si mesmo, mas em algo exterior, impalpável, que umdia resolverá tudo.
Ouviram falar da pesquisa que diz que o brasileiro é o mais otimista do mundo?
Aqui vou arriscar dizer que é algo da cultura brasileira que tem muito a ver com a portuguesa, sendo simplesmente o outro lado do espelho.
Mas falando aos brasileiros, quero que brasileiros acreditem mais em si e se importem menos com pensamentos como os do Braga e outros, que têm o problema de olhar demasiado de perto, ao ponto de serem míopes.
Agora, falando de elites malcheirosas, aí é algo que os portugueses deveriam tratar com muito mais intimidade e cuidado, porque a elite portuguesa não é das melhores.
Aliás a relação do primeiro mundo com as elites de países pobres é muito parecida com a relação do trabalhador que mora na favela com o traficante.
Pensando bem, eu escrevi uma besteira. A relação da elite mundial com as elites de países pobres é muito mais vergonhosa, hipócrita, e de comum acordo e interesse do que a relação do morador da favela com o traficante.
É por isso, que depois de pensar sobre tudo o que se conclui?
Que sempre temos escolhas, mas o ambiente determina muita coisa.
Determinou a poder da máfia italiana nos E.U.A , o nazismo, e determina o crime nas nossas favelas e, por consequência, nas nossas cidades.
Mas o ambiente, ou a realidade, só pode ser vencida ou modificada por quem, não deixando nunca de levá-la em conta, age com o poder que só tem quem olha além dela,não acham?
Postado por Unknown às 22:51 5 comentários
Marcadores: brasil no mundo, brasil portugal, crime, favela, ideologia, medo, mulato, sociedade, valores culturais
Valores culturais....
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Não é algo, muito muito maluco, isso? Se nós precisamos voltar às origens, se precisamos nos sentir, às vezes animais, por que essa idiotice de "ser superior"????
Postado por Unknown às 12:09 8 comentários
Marcadores: cultura. povos, valores culturais
Sinceramente?
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Toda vez que um português responde de maneira inteligente quebra o preconceito de português burro, e espero que, os portugueses comecem a achar muito engraçada a briga no geral e quebrem também a idéia de que não conseguem rir de si mesmos e são muito arrogantes. Humor também é inteligência..não?
E não é possível que não dê para perceber que o Brasil é grandioso. Com muita pobreza, favela, fome ainda, muita violência, mas com muitas empresas, fábricas, bancos, indústrias, comércio.Que milhões de brasileiros levantam cedo para trabalhar e que há organização aqui, também, senão imagine o caos que seria, um país com um Pib de 1,6 trilhões de dólares, por baixo. É mal distribuído, esse dinheiro, circula mal, mas circula.Isso aqui, principalmente onde vivo, é puro capitalismo, com tudo de bom e ruim do capitalismo.
Para se entender o que é o Brasil imagine uns 3 Portugais, e mais uma parte da África, fiquei com preguicinha de ir pesquisar que parte da África corresponderia, mas acho que deu pra entender.
Então existe aqui muita gente vivendo bem, com nível de vida equivalente à média de Portugal. Até pode-se dizer que provavelmente são na maioria essas pessoas que ficam no youtube, porque o brasileiro que se mata de trabalhar não tem esse acesso nem tempo. Bem, nós temos 15 milhões de usuários que usam a internet cotidianamente, em casa. Então quando Portugal vem fazer negócios aqui, é porque há, no mínimo, um outro Portugal, como mercado, para explorar. É claro que a língua em comum e outros fatores são lembrados na hora da negociação, mas isso não decidiria nada.
Há também o fato de que somos tão grandes (em território) que isso faz com que tenhamos pouca troca cultural. Então a discussão pelo menos faz o brasileiro sair do seu mundinho também, e de um certo egocentrismo....só não gosto é de racismo e baixarias....
Acho que briga boa é cheia de boas frases, e não frases apelativas...
é isso...
Amanhã vou colocar uma crônica que li no jornal sobre gente entediada, um puxão de orelha até em mim mesma, pelo menos senti assim...
Postado por Unknown às 17:16 18 comentários
Marcadores: brasil no mundo, brasil portugal, cultura. povos, discussão, discussão portuguesa, distribuição de renda, educação no Brasil, favela, medo, preconceito, provocação, valores culturais
Este banana,
cidadão da República dos Bananas, esta última conhecida também por "velho rezingão", tem muitas dificuldades para entender muitas coisas (por isso é banana):
1-não consegue perceber porque nem o velho rezingão nem o menino bobo se entendem um com o outro, pois pensa que eles deveriam ser os melhores amigos do mundo, já que faz 200 anos um filho do velho rezingão diz que gritou "Indepêndencia ou morte", e o velho rezingão deixou partir esse menino bobo com independencia e sem morte;
2-mas mais importante que isso, este banana ainda tem mais dificuldade em perceber, como é mais fácil ao velho rezingão, o entendimento com outros meninos bobos que abandonaram o velho rezingão mais recentemente, com indepêndencia e com morte.
3- mas este banana, não vê só coisas boas no velho rezingão; não percebe por exemplo que o velho passe o tempo a dizer que o governo de um desses meninos que o abandonaram recentemente seja corrupto, mas esteja sempre pronto a fazer negócios com ele...também não consegue perceber que chame ditador a um governante de um outro menino bobo que fala espanhol e que foi eleito por voto democratico...será que a democracia só é boa se tiver os resultados que nós queremos???....mas ainda pior, porque está o velho rezingão, apesar do que diz desse menino bobo que fala espanhol, sempre pronto a fazer uns negócios com ele? será porque tem muito petróleo?
Pois é, este banana, é mesmo banana e há muita coisa que ele não percebe, essencialmente porque ele ainda pensa que princípios não se vendem, ou antes, ele sabe que hoje em dia tudo se vende, mas ele gostava mais dos tempos em que havia princípios....NESSE TEMPO; A PALAVRA DADA ERA A LEI....mas esses tempos há muito que acabaram e o banana, é cada vez mais banana, porque não se extingue, não se consegue adaptar a estes novos tempos em que tudo se vende, nem consegue fazer o tempo andar para trás.
Pois é, quem disse que a vida de um banana, de um verdadeiro banana, é fácil?
Postado por República dos Bananas às 03:02 3 comentários
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O menino bobo e o Velho chato
terça-feira, 29 de julho de 2008
O menino bobo acha que sabe tudo, como todos os meninos bobos. O menino bobo é neto de um velho. Um velho chato e ranzinza, atormentado por um grande passado e umas más decisões. O velho é amargurado porque só pensa nos seus erros, e lamenta as inconsequências de outrora. Lembra que já foi grande e não se conforma. O velho chato não quer pensar no menino, olhar para o menino, não pode e não consegue. Até porque o menino é bobo, quer aparecer demais, incomoda, é abusado. Vai mal na escola. Tem muito pouca auto estima e é orgulhoso demais para perceber isso. O velho chato que tem muita idade mas não amadureceu tão sabiamente, coloca a culpa do mal feitio do menino nos outros sangues que o menino tem, que não são dele. O velho só consegue pensar em outros velhos, outros velhos que antes estavam piores que ele e agora estão bem melhores. O velho não conhecia o menino muito bem. Achava, na maioria da vezes, o menino engraçadinho, à distancia. Agora não acha mais, acha que o menino é mais uma cruz, pra carregar. Se irrita quando alguém diz que seu neto é alguma coisa, que tem isso e aquilo de qualidades, e que pode ser uma esperança. O velho se enfeza e diz: Que futuro ele tem, não se leva a sério, vai mal na escola, é um irresponsável! Além do mais, sabe que o menino nega o passado, acha-o ultrapassado, ri da sua maneira de falar, ri do seu orgulho, cobra-lhe as atitudes erradas,egoístas, que nem ele gostaria de lembrar, e que muitas vezes não são só suas, mas dos outros velhos, também, que só tiveram de diferente fazer escolhas mais acertadas para si.Diz ao menino que se ele estudasse, saberia. E tem mais essa, o menino é cruel. Quando o velho diz algo engraçado, brinca também, o menino não dá abertura, diz que o velho não tem graça. Gostaria de não ter nada a ver com esse velho. Gostaria de ter a ver com os outros velhos, os que têm prestígio. O velho não consegue ver no cinismo e na provocação do menino a sua própria amargura. O menino não consegue ver na alma sonhadora e amargurada do velho parte da sua própria origem, identidade.O menino e o velho são dois idiotas.
Melhorar a idiotice não é achar que o outro vai resolver seus problemas. Melhorar a idiotice é perceber que gostar de si mesmo é algo que só conseguimos com nós mesmos. Mas é impossível a esse menino e a esse velho olharem para si mesmos se não conseguem olhar para o espelho que na verdade são, um para o outro.
........estou errada?
Postado por Unknown às 07:43 3 comentários
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