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Será Portugal um país ingovernável?

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Com seriedade, não sei responder, mas pelo menos começo a pensar que em democracia, pelo menos, este pequeno país está condenado ao fracasso, senão vejamos: O actual governo só não é uma ditadura porque foi eleito, de resto existe na actual maioria a "democracia" do partido único, com o consequente distanciamento da realidade do país, pois os apaniguados da esfera do poder absteem-se de transmitir as realidades ao poder executivo o qual, por sua conveniência, cria a sua própria realidade. Para agravar esse deficite democratico, o partido do governo apoia incondicionalmente as politicas do executivo por mais obtusas que sejam. Poderia ser de outra maneira? Na verdade, as maiorias absolutas têm destas coisas, os partidos que as têm detido absteem-se de confrontar os lideres partidários que têm sido 1ºs ministros. Por outro lado governar neste país sem maioria é impossível pois tome um governo eleito, as medidas que tomar, para a oposição, essas medidas serão sempre reprovadas no parlamento. Neste sentido é interessante ver os jogos de cintura e inflexões de 180º que os partidos vão fazendo e refazendo consoante são governo ou oposição. Ora, muito recentemente a líder do maior partido da oposição, num almoço onde discursou, disse que "...a democracia em Portugal deveria ser suspensa por seis meses...", gaffe ou, ironia, não o sei dizer, no entanto e apesar de eu pensar que já vivemos na "ditadura do partido maioritário que é incapaz de afrontar o líder", gostaria de perceber como seria feita essa suspensão da democracia e mais...será que não é essa mesmo a opinião de Manuela Ferreira Leite? mas pior ainda...será que eu próprio não começo a pensar o mesmo? é que ao que parece, já Júlio César dizia que "nos confins da Ibéria vivia um povo que nem se governava nem deixava governar" portanto como é impossível trocar de políticos, pois esses sim são notoriamente rascas, talvez fosse melhor mudar o sistema político ou então contratar-mos "os Comtemporâneos" que, ao que penso, encontraram uma solução para o deficite de oposição ao actual governo, mas que não vai ser dito qual é, pois como ditador que sou, determinei que os "comtemporâneos" fossem censurados. Mas vou parar um pouco censura e este eu prometo...não retiro

Lirismo Português.

domingo, 30 de novembro de 2008

Uma voz e um piano embalados pelo lirismo português
Ana Luiza canta em primeira mão parcerias de Luis Felipe Gama com Tiago Torres da Silva, do CD que eles lançam em 2009

Lauro Lisboa Garcia

O poeta e escritor português Tiago Torres da Silva aprofunda-se a cada letra que tem escrito para seus parceiros brasileiros, como Olivia Byington e Zeca Baleiro. Seu grande feito é escrever na linguagem da terra das palmeiras. O mais recente projeto é um álbum de sonetos musicados em parceria com a refinada dupla Luis Felipe Gama e Ana Luiza. Parte da produção do trio será antecipada ao público hoje no show que o pianista/compositor e a cantora fazem no Centro Cultural São Paulo. "Vamos apresentar aquilo que formata bem para piano e voz", diz a cantora. "No disco, há faixas com formações instrumentais que variam com quarteto, quinteto." O repertório inclui outras canções de Gama, como Sete de Abril, Testamento (Milton Nascimento/Nelson Ângelo), You Must Believe in Spring (Michel Legrand) e Tristeza (Hnos. Nuñez), do repertório de Mercedes Sosa.

Previsto para sair no início de 2009 (em Portugal antes daqui), o CD conta com participações de Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Alcione, Alaíde Costa, Bibi Ferreira e Dominguinhos, que Tiago há muito admira. Um dos exemplares mais belos, que o público vai ouvir hoje, é Atlântico, cuja letra diz: "Não me falem do português de um lugar / A minha língua fala-se no mar/ E levanta-se em ondas como um cântico/ A minha língua é um barco a vela/ E sou eu que navegando dentro dela/ Escrevendo com sotaque atlântico."

Outro tema relevante é Alma de Isopor, de letra inspirada em Maria Bethânia e melodia celestial de Gama. "Sou muito rápido para musicar letras. Fiz essa melodia pensando na voz de Bethânia. A princípio, pensamos em colocar no disco só se ela cantasse, mas ficou tão bom que vai sair mesmo se ela não participar", diz o compositor. A voz cristalina de Ana Luiza torna a canção ainda mais digna destes e outros superlativos. "É um luxo ter a Ana comigo, que dá uma maquiada legal em qualquer coisa que eu faça", diz Gama. É um harmônico e afinado casamento.

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081108/not_imp274376,0.php