IGAC 'apanha' milhares de livros escolares pirateados

Este é o título de uma notícia referente à apreensão de cópias de livros universitários, cópias essas feitas por alunos, universidades e centros de cópias.
Num país em que se diz continuamente que o nível de vida é baixo e que a escolaridade também é baixa, tenho que dizer que este assunto, apresentado com “pompa e circunstância” nos meios de comunicação social, é vergonhoso. O governo Português e os seus órgãos de inspecção, apresentam isto como uma vitória no combate à pirataria; eu vejo-o como mais um atropelo ao desenvolvimento e às possibilidades de acesso global à educação, uma cedência perante os interesses instalados (dos editores e livreiros) e um mimo que se faz ao ego dos professores universitários que, quais “donos” das cadeiras que leccionam, não se inibem de indicar um qualquer manual escolar, muitas vezes para estudar apenas um ou dois capítulos, indicando outras vezes manuais da sua autoria.
Este negócio de imposição de manuais escolares aos alunos, tem o seu quê de interessante e esse interesse não tem nada a ver com conhecimento, pois em grande parte dos países do norte da Europa, apontados como o exemplo a seguir em termos de desenvolvimento, economia e educação, os manuais escolares pertencem às escolas e são emprestados por estas aos alunos.

P.S. este é o link para a notícia
http://quiosque.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ae.stories/11704