Ontem o presidente Lula falou mais uma vez sobre as novas regras de imigração na Europa, o cerco cada vez mais fechado aos imigrantes ilegais, e até candidatos a legais.
Há uma certa revolta da parte de cá, levando em conta que quando a Europa passava por sérias crises finaceiras, recebemos imigrantes de braços abertos.
Há verdade e não verdade em argumentos assim. É verdade que o Brasil tem essa vocação de abrigar outras culturas e estrangeiros com menor indice de rejeição na média mundial.
Mas ainda não experimentamos o que é ser sonho de consumo no mundo. Quando éramos destino de tantos imigrantes, precisávamos deles, os requisitamos.
E essa história de que imigrantes fazem mal é só até a segunda página, não dá para se viver num mundo de hoje, isolados, com altos salários, e impor a um mundo menos desenvolvido seus produtos caros. Se isso já foi possível, está cada vez menos.
Mas o que define decisões como a da União Européia, não é problema de franceses, italianos, espanhóis ou portugueses, é um problema humano.
E sendo humano, dependendo da situação existente, aparece em qualquer lugar, até na Africa, que dias atrás apresentava negros de uma certa região revoltados com os emigrantes de outra região do continente.
Há uma certa revolta da parte de cá, levando em conta que quando a Europa passava por sérias crises finaceiras, recebemos imigrantes de braços abertos.
Há verdade e não verdade em argumentos assim. É verdade que o Brasil tem essa vocação de abrigar outras culturas e estrangeiros com menor indice de rejeição na média mundial.
Mas ainda não experimentamos o que é ser sonho de consumo no mundo. Quando éramos destino de tantos imigrantes, precisávamos deles, os requisitamos.
E essa história de que imigrantes fazem mal é só até a segunda página, não dá para se viver num mundo de hoje, isolados, com altos salários, e impor a um mundo menos desenvolvido seus produtos caros. Se isso já foi possível, está cada vez menos.
Mas o que define decisões como a da União Européia, não é problema de franceses, italianos, espanhóis ou portugueses, é um problema humano.
E sendo humano, dependendo da situação existente, aparece em qualquer lugar, até na Africa, que dias atrás apresentava negros de uma certa região revoltados com os emigrantes de outra região do continente.
E aparece aqui.
Nós humanos morremos de medo, essa é a verdade.
Achamos muito lindo mandar umas doações à Africa, para aqueles famintos sem perspectiva, mas que eles não venham nos encarar em nossa esquina.
A MAIORIA DE NÓS É ASSIM.
Dizemos que morremos de tédio, que nossa vida não tem muito sentido, mas que ninguém venha roubar nossa tv de plasma ou nosso emprego.
E essa angústia ?
Basta passarmos uns dias numa favela, ou se europeu, ou norte americano,viajarmos a um país de terceiro mundo.
Voltamos à nossa vida achando que as coisas não são tão ruins assim, que somos é privilegiados, até o próximo mês, quando a angústia retorna.
O problema é que o emprego, o conforto, a tv de plasma, sempre aplacam a angústia só temporariamente.
Não podem ser o centro da existência. Uma vida dividindo com os que não tem muitas vezes também não é o nirvana. Estão aí as cartas de Madre Teresa de Calcutá para comprovar.
A angústia, o medo, o apego, são inerentes aos seres humanos.
No fundo, no fundo, somos todos covardes.
Então não tentemos dar outras desculpas ao nosso medo. Temos medo, e pronto. São poucos os que não têm.
Porque desconfiamos que essa existência, mesmo mesquinha, pode ser tudo que temos. Então que ninguém venha piorar mais as coisas!!!
Nós humanos morremos de medo, essa é a verdade.
Achamos muito lindo mandar umas doações à Africa, para aqueles famintos sem perspectiva, mas que eles não venham nos encarar em nossa esquina.
A MAIORIA DE NÓS É ASSIM.
Dizemos que morremos de tédio, que nossa vida não tem muito sentido, mas que ninguém venha roubar nossa tv de plasma ou nosso emprego.
E essa angústia ?
Basta passarmos uns dias numa favela, ou se europeu, ou norte americano,viajarmos a um país de terceiro mundo.
Voltamos à nossa vida achando que as coisas não são tão ruins assim, que somos é privilegiados, até o próximo mês, quando a angústia retorna.
O problema é que o emprego, o conforto, a tv de plasma, sempre aplacam a angústia só temporariamente.
Não podem ser o centro da existência. Uma vida dividindo com os que não tem muitas vezes também não é o nirvana. Estão aí as cartas de Madre Teresa de Calcutá para comprovar.
A angústia, o medo, o apego, são inerentes aos seres humanos.
No fundo, no fundo, somos todos covardes.
Então não tentemos dar outras desculpas ao nosso medo. Temos medo, e pronto. São poucos os que não têm.
Porque desconfiamos que essa existência, mesmo mesquinha, pode ser tudo que temos. Então que ninguém venha piorar mais as coisas!!!
6 comentários:
Temos medo do "perder", mas não temos medo do "ganhar", mesmo se para isso praticamos o "explorar". Oras, talvez essa invasão de imigrantes seja a resposta, à Europa de tantos anos de exploração realizada do Ocidente ao Oriente... Tornaram países e continentes miseráveis, e agora recebem pessoas que buscam por SOBREVIVÊNCIA. Fica aí a dica que ninguém é realmente alguém, se esse alguém se faz explorando um outro alguém (rsrs quanto alguém? São milhares de "alguéns" - exploradores e explorados). Não consegui ler todos os texto... Mas, esse, eu adorei...
Eliane, obrigada pela visita, aliás muito bem vinda e proveitosa.
Vc tem toda a razão em relação a exploradores e explorados, e foi muito bem lembrado.
Apareça sempre
Não sei se compreendi bem o comentário da Eliane, além disso apenas posso dizer o que me vai na alma a respeito da emigração; e o que me vai na alma não quer dizer que seja o ponto de vista oficial sobre esse fechar das fronteiras da Europa aos emigrantes ilegais, mas…cá vai o que penso.
O que realmente penso a esse respeito é que a sociedade Europeia tenta proteger quem vive e trabalha cá na Europa, existem cuidados de saúde, de educação e de integração social extensíveis a todos, que só são possíveis com a legalização dos emigrantes, pois é muito fácil e acontece frequentemente que patrões sem escrúpulos mantêm trabalhadores em regime de semi-escravatura. Essas redes, que são muito organizadas e tentaculares, por vezes só se conseguem descobrir quando algum desses trabalhadores desprotegidos (ilegais sem contratos de trabalho ou segurança social) consegue fugir e entregar-se às polícias. A acrescentar a isso as penas da justiça Europeia (a meu ver) são leves para esses e outros crimes com uma justiça que, por dar demasiados direitos aos cidadãos, é lenta. Ora, esta tentativa de protecção dos cidadãos, para quem procura uma vida só que seja um pouco melhor, pode parecer xenófoba e anti-emigrante, mas não penso que exista na Europa uma cultura anti-emigrante. No entanto existem grupos ditos nacionalistas, que mais não são que grupelhos de gente ociosa e que tentam espalhar a sua mensagem de ódio, essa mensagem encontra mais ou menos seguidores consoante os países, mas não é de forma nenhuma dominante, sendo mais normal (quando esses skin heads se manifestam) haver confrontos entre eles e a população desses países. Portugal não é excepção, também existe um grupo desses, que dizem estar bem organizado, mas como são muito controlados e monitorizados pelas várias polícias portuguesas, quase não têm actividade.
Posso ser ingénuo, no entanto esta é a forma como eu vejo esse fechar de fronteiras aos ilegais e o motivo pelo qual eu quero acreditar que esse controlo apertado existe…é que, fazendo eu parte de um País que enviou emigrantes para todas as partidas do Mundo, se o motivo for outro que não a protecção dos próprios emigrantes, então eu serei capaz de dizer … “Esta não é a ditosa Pátria minha amada”.
privilégio meu,ou nosso, os comentários estão ampliando a discussão de modo relevante, obrigada
Achei muito cômico o nome adotado "República dos bananas", eu, como brasileira, até poderia adotar o nome "república das bananas" (em indicação à fruta), mas já estão dizendo que as bananas aqui estão se extinguindo sobrando apenas "os bananas", esses, pelo jeito, não acabarão nunca! Bem, fiz apenas uma digressão para descontrair. O que eu quero realmente registrar, é que o comentário acima complementa o meu. Acho que todo e qualquer ser humano merece ser tratado com respeito. Entendo a preocupação dos países com a civilidade, apenas quis abordar o outro lado, o porquê das migrações. Mas, é muito relevante e humana a sua abordagem, e concordo com ela. O interessante é dar condições para que essas pessoas vivessem bem em seus próprios países. Aceitar abandonar tudo por uma vida incerta e marginalizada, na maioria dos casos, é o extremo do desespero.
Bom...então devo dizer que afinal tinha compreendido o comentário da Eliane :-)
Quanto ao nome....criei-o exactamente pelos motivos que apontou, faz uns dez anos ou mesmo mais...na altura eu costumava escrever comentarios essencialmente políticos num semanário português, como muita gente não gostava, logo em seguida ficava com a caixa de e-mail cheia (normalmente chamando-me nomes feios), assim, como o governo de então dizia que Portugal era um oásis económico no seio da Europa e como a mim me pareceia que nos estáva-mos a afundar e ninguém fazia nada, adoptei o nome de República dos Bananas, sendo obviamente os bananas os cidadãos. Com o tempo também fiquei um pouco banana, mas penso que é visível hoje que Portugal não era oásis nenhum; como vocês dizem " a coisa tá preta"
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