Os negócios de milhões, contra os papalvos que esperam a sua concretização.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O governo português deliberou a distribuição gratuita da vacina contra o cancro do colo do útero. Essa vacina passou a fazer parte do plano nacional de vacinação e deveria começar a ser aplicada a todas as raparigas, a partir de meados do mês de Setembro, não fosse a eterna mediocridade dos agentes governativos. Mas (e há sempre um mas nestas coisas) …mas como numa boa, forte e organizada democracia, “decidiu-se” que o fornecimento das vacinas fosse “decidido” por concurso público aberto aos vários laboratórios farmacêuticos que produzam tal vacina; sendo isto um negócio de milhões, como era de prever as "guerrinhas" entre os diversos laboratórios começaram mal foram abertas as propostas, assim, de impugnação em tribunal a providências cautelares, lá continuaram as mulheres à espera que a vacina começasse a ser distribuída, o que veio a acontecer no final do mês de Outubro. Mas…
Será que para um negócio de um governo ser (ou pelo menos, parecer) honesto e limpo, necessita sempre de um concurso público? Será que num caso que é de saúde pública e de beneficio da população, os interesses de privados se devem sobrepor aos interesses do geral? E neste ponto, o que é o interesse geral? Contas públicas controladas, com aquisições por concurso público sempre, ou o maior número de beneficiários a receber o tratamento adequado, no menor tempo possível? Felizmente neste caso o atraso ficou-se apenas em cerca de um mês; mas será que em matéria de saúde, educação, defesa, segurança, etc., um governo deve estar condicionado às limitações da Mer.. dos “CONCURSOS PÚBLICOS”? sei e penso que sim, mas na verdade mesmo os concursos públicos podem ser manipulados, os requisitos do item a adquirir podem ser condicionados de tal forma, que apenas aquele que o adquirente quer que ganhe, possa ganhar; sendo assim, vale a pena fazer concursos públicos? Aí já não tenho tanta certeza, pois talvez o melhor fosse mesmo uma adjudicação directa (não direta :-), mas se tal figura fosse utilizada, quem a supervisionaria? E quem supervisionaria quem supervisionasse as adjudicações?.... bom, respostas também não tenho, mas o que é certo e sabido é que se a forma de vida ocidental não se baseasse num materialismo desenfreado, e sim na cooperação e desenvolvimento dos mais desfavorecidos, talvez a desonestidade não fosse tão….GLOBALIZADA!

2 comentários:

Unknown disse...

Eu ainda vou colocar aqui, um caso descoberto semana passada, acho, de fraudes com materiais hospitalares.Eu achei interessante apolícia civil de São Paulo descobrir essa história vergonhosa enquanto o governador diz que simplesmente não há dinheiro para o aumento de salário dos policiais. Pior ainda, num setor de saúde. Sinceramente, eu não sei como esse pessoal consegue dormir enriquecendo dessa maneira. O governo pagava´por material de primeira, e recebia material de péssima qualidade, além de mais caro.

Anônimo disse...

Fico à espera para ler :-)

platano de la republica