Vi essa semana "El Passado" de Hector Babenco.
A entrevista dele a respeito do filme havia me despertado a curiosidade, já que ele falou sobre uma certa discrepancia na reação de mulheres e homens ao filme.
Pelo menos na tal entrevista ele não falou detalhadamente a respeito, mas acredito que os homens devem ter entendido a angústia do protagonista em relação à como se desenvolve a relação com a ex-mulher, e palavras dele, se bem me lembro, "as mulheres acharam tudo normal".
Fui ver o filme preparada para lidar com conflitos bastantes sutis, de difícil percepção, o que explicaria as diferenças de olhar feminino e masculino.
Confesso que a princípio achei que era compreensível o apego da personagem, afinal foram vários anos de casamento, qual o problema sentir falta de um amigo?
Até o passeio com o carrinho de bebê me parecia encucação do personagem (e do cineasta...rsss) olhar pra ela com a sensação da música de suspense.
Achei que a tal música só estava na cabeça dos dois.
Mas o que se segue, é realmente o pior do apego emocional feminino, mas vale dizer, não só feminino.
Terminando o filme, fiquei questinando comigo mesma, e é claro que é um questionamento óbvio, o quanto o olhar de outras mulheres, e não a rejeição do homem
é o grande impulsionador de comportamentos assim.
O desfile dela com ele como objeto de desejo de outras, como se fosse um anel ou coisa assim, é daquelas cenas que ficam como referência no pensamento.
Mas não era o protagonista, também, daqueles homens-vênus, quase femininos, com extrema vontade de agradar e uma grande dificuldade de se colocar com vontade própria diante de uma mulher?
Pensando em casos assim, na obsessão de homens ou mulheres, há, é claro, um dominador e um objeto,e apesar de eu ter chamado mais acima de apego emocional, a verdade é que há muito mais orgulho que amor em jogo.
sábado, 10 de maio de 2008
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