Globos de Ouro ou de Chumbo????

segunda-feira, 19 de maio de 2008


Realizou-se na semana passada uma triste imitação dos "Golden Globe Awards" neste pequeno e mísero país à beira-mar plantado. E digo triste imitação, não só pelo facto de ser uma má cópia do original, mas sobretudo por ser um atentado ao valor de quem realmente tem talento e uma homenagem descarada à fraude e ao burlesco desta terrinha.... Ora vejamos... quem passou a vista pelo dito programa, da já de si desdenhosa estação de programas que temos de "engolir", terá assistido a um desfilar de pseudo-famosos por uma passadeira vermelha, fingindo que são VIP's e com um unico objectivo de nomear descaradamente os seus patrocinadores - costureiros e joalheiros. Sendo certo que no final da dita gala têm de entregar os pertences aos seus legítimos donos!

Como se já não bastasse a farsa, assistimos a episódios jucosos de "meninas de elite" que exibem os seus contornados corpos, pagos em prestações ou então à custa de favores sabe-se lá de que natureza a pessoas do showbizz, com o único intuíto de se auto-promoverem.

Depois dessas, temos os decrépitos "famosos" com as rábulas do costume. Uma que anuncia o seu casamento forjado com um qualquer anormal mais novo, cerimónia combinada com várias revistas e previamente pago pormenorizada e paga a peso de ouro. Outro que exibe as suas mais recentes plásticas e outras correcções à criação divina.

Ora isto até seria bem compreendido se fosse numa qualquer corte real de um qualquer reinado de aquém e de além. Mero símbolo da opulência dum clero ou nobreza doutros tempos. mas não... Estes pobres e infelizes desgraçados não passam de pelintras que gostam de brincar ao faz-de-conta que somos ricos!

A gala dos Globos de Ouro foi esta rapsódia de episódios embaraçosos para qualquer circo que se preze e depois de mudarmos de canal ou apagarmos a TV, deparamo-nos com o país real. O tal que se debate com uma profunda crise financeira e social. O tal que já foi vítima de 17 subidas do preço dos combustíveis, só este ano. O tal que volta a ter a definição de pobreza bem patente no dia-a-dia.

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