Sabendo sobre a morte de Heath Ledger, protagonista de 'O Segredo de Brokeback Mountain', me lembrei de como esse filme me tocou.
Tendendo muitas vezes a racionalizar o amor romântico, numa postura um cadinho cínica, fui surpreendida com a apresentação de uma história de paixão tão contida e doída, que, mesmo pensando cá pra mim que só pode ter durado tanto por não ter se realizado de fato, uma certa de angustia impregnada de ternura é sempre maior e mais forte, zombando de qualquer tentativa minha de distanciamento mais objetivo.
Talvez porque o amor homossexual não tenha sofrido ainda o desgaste de tanta idealização no cinema, o amor entre esses dois personagens pareceu mais teimoso, genuíno.
Especialmente Ledger, morto ontem, soube dar ao personagem o mais surpreendente misto de contenção e sentimento.Nos gestos, no olhar, a sensação de uma ansiedade contida, amargurada.
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